quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

MARIA ANTONIETA






Jean Jaques Rousseau, um famoso iluminista, certa vez proferiu a seguinte frase: “O homem é bom por natureza, a sociedade que o corrompe”. Baseada nisto, me pergunto se Maria Antonieta não foi apenas um dos “frutos indigestos” de uma sociedade frívola e sem valores morais.
Maria Antonieta nasceu em 2 de novembro de 1755, foi criada na corte austríaca, casou-se aos 14 anos com o delfim francês Luiz Augusto. Aos 18 anos, quando seu esposo assumiu a coroa francesa, tornou-se rainha. Quando chegou à França, Maria deslumbrou-se com os hábitos da corte. Sua criação havia sido muito tradicional e não estava acostumada com o requinte e o esbanjamento francês. Em pouco tempo, porém, adaptou-se aos costumes locais e foi aos poucos se transformando na Maria que tanto se ouve falar. Influenciada por suas novas “amigas” francesas, freqüentava bailes, promovia banquetes e deleitava-se com a fortuna real.
Seu casamento, no entanto, enfrentava sérias dificuldades, pois mesmo cultivando uma relação amistosa com seu esposo, rei Luís XVI, o matrimônio ainda não havia sido consumado. Por isso, a rainha foi pressionada tanto pela corte francesa como pela corte austríaca, que temia pela anulação do casamento. Não se sabe ao certo quando o casal chegou as “vias de fato”, mas como em 1781 nasceu à primeira herdeira real, é possível que tenham passado aproximadamente onze anos sem relações intimas.
Devido ao problema conjugal, Maria intensificou cada vez mais sua vida social. A questão é que o luxo de que Maria desfrutava provinha de impostos do povo, que não estava nada satisfeito com a situação. A fome se alastrou pelo país e o povo não tinha nem pão para alimentar-se. Dizem as más línguas que, quando consultada a respeito, Maria Antonieta, pronunciou a seguinte frase: “Não tem pão? Comam brioches”, em uma clara manifestação de sua alienação social.
Sua postura lhe rendeu diversos apelidos, dentre eles o de “Amante do Déficit”. Sua péssima reputação precedeu seu declínio. Com a Revolução Francesa, Luís XVI e Maria Antonieta foram julgados e condenados à decapitação.
Maria Antonieta aos 12 anos Quando me dispus a pesquisar a vida de Maria Antonieta, já tinha uma pequena noção de sua história. O fato é que, quando considerei o contexto em que viveu, concluí que seu comportamento foi, na verdade, um ”produto” do meio em que se encontrava. A França daquela época era um ambiente extremamente corruptível. Quando Maria mudou-se para corte de Versalhes (França), era ainda uma menina. Deste modo, seu comportamento foi, praticamente, “moldado” pelos costumes franceses.
Não sou capaz, portanto, de avaliar Maria sem antes considerar a sociedade em que foi criada. Se o indivíduo é o reflexo do meio em que vive, então o único crime de Maria foi refletir a cultura do seu tempo.
































A atriz Kirsten Dunst interpretando Maria Antonieta.