segunda-feira, 24 de novembro de 2008

CRÔNICAS - A PROFISSÃO MAIS ANTIGA DO MUNDO

Por Taiana Araújo

Dizem que a primeira profissão foi a de Maria Madalena, que, vocês devem saber, vendia sua... bom, seu corpo. Há controvérsias. (Meus) Estudos recentes mostram que, antes que a personagem bíblica pensasse em se prostituir, muito antes de Cristo, uma mulher ajudou Deus na criação do universo. Essa mulher anotava o que ainda haveria de ser feito, lembrava-o das datas importantes, aprimorava suas idéias. Assim, nascia a relação profissional mais antiga: O chefe e a secretária.
Tudo começou quando o Todo-Poderoso contou à sua fiel ajudante seus planos para a criação do mundo. Planejava construí-lo em cerca de um mês, depois do qual sua secretária poderia tirar férias.
– Mas um mês?, pensou ela. Acho que dá para fazer tudo na metade do tempo, ando louca para tirar umas férias.
Então, ela pensou, analisou o projeto de chefe e reestruturou-o. Sabia que, se um homem precisa de um mês para fazer alguma coisa, uma mulher, provavelmente, possa fazê-lo em poucos dias, principalmente se quiser tirar férias. Depois de pensar muito, ela conseguiu reduzir o tempo de criação para uma semana. Perfeito! Então começaram a trabalhar.
– Bom, primeiro vamos acender essa luz, escuro só é bom para dormir.
Mas Deus reclamou:
– E depois, quando quisermos descansar?
– Então fica assim, quando estivermos trabalhando, tudo fica claro, depois, na hora de dormir, escurece de novo. Eu sou um gênio, disse ela.
No outro dia, Deus criou a água, o bem mais precioso. Mas tinha alguma coisa errada.
– Vejamos... tem muita água num lugar só... e depois quando eu tirar férias aonde eu vou tomar sol?, pensou a secretária. Vamos separar essa água toda aí. E, depois, esse mundo tá precisando de um toque feminino. Vamos encher tudo de flores, de coisinhas fofas.
Assim, foram criadas as vegetações e os animaizinhos. Os cachorros, os gatos e os coelhinhos foram idéias dela. Por Ele, só haveria cavalos, tubarões, essas coisas de homem.
Já haviam passado quatro dias.
– Agora está tudo lindo... mas está faltando alguma coisa...
“Alguém parecido comigo”, disse Deus, claro, como todo bom chefe, acha que todos têm que ser iguais a ele. E criou um homem a quem chamou de Adão. Como não queria nenhuma concorrência, Deus o criou feio, gordinho, nada atraente. Mas ela viu que Adão precisaria de uma companhia (e de uma dieta), definitivamente, precisava ser aperfeiçoado. Foi então, já no sexto dia, que ela teve a idéia: Precisava de matéria-prima para criar alguém a sua imagem e semelhança para ficar ao lado de Adão.
– Hum, se tiramos uma costelinha de cada lado daquele homem, ele ficará bem melhor, e eu poderei criar uma companheira para ele. Alguém que possa aprimorar seus projetos, cuidar dele... assim como eu faço com Deus.
Assim surgiu Eva. Dizem que nós somos uma costela de Adão, mas, na verdade, somos duas. Passados sete dias, ainda faltavam alguns detalhes: as cores, as texturas, o chocolate, esses toques femininos. Sabe como é, Ele só criara o branco e o preto. Jamais existiriam o rosa e azul-bebê se não fosse por ela.
– Pode descansar chefe, que o resto eu faço.
E Deus descansou no sétimo dia. Mas, é claro, sua secretária, não. Por trás de TODO grande homem, existe sempre uma excelente secretária.

RELATO DE VIAGEM

Por Sabrina Veiga


Viajei para o México, mais especificadamente Cancun em julho de 2008. Saí de Porto Alegre em pleno inverno de 4 graus, na madrugada de uma segunda-feira. Chegamos lá um solzão e calor de rachar todos os dias. Foram cinco modelos e uma equipe de 17 pessoas. Como só tínhamos desfile na quarta-feira de noite, saímos para jantar, imaginávamos comidas ruins, o normal de outro pais (rsrsrs), mas a surpresa estava logo na esquina de casa, um Mc Donald's. Nossa, quase tivemos um enfarte, pois estávamos com medo de verdade da comida de lá, mas Cancun é um dos lugares mais lindos que eu conheci. Lá tem uma pontinha do Brasil, lá se pode comprar Guess, Levi's, Puma, Nike, Adidas, globalização é isso aí.
Fomos para o grande hotel Hyatt Cancun Caribe Resort. De um lado havia o mar e as fundo um parque lindo com uma natureza certinha demais para ser verdade, é verdade tudo muito verde, bem cuidado, varias espécies de aves, lindo mesmo. Mas isso não acaba com toda possibilidade de diversão. Na verdade, entendam, o que restringe mesmo a diversão é o valor do ingresso para os parques: os maiores cobram US$ 80 por pessoa, mas vale muito a pena conferir, é lindo mesmo.
O lugar é imenso e tem que se ter muito cuidado para não se perder, pois lá não tem guia, é só uma grade com varias estradinhas que separa a mata e os animais, apesar da gente ter perdido o nosso tradutor lá no meio, mas achamos ele depois de 20 minutos gritando.
No dia do desfile, nada mais gostoso do que tomar um bom banho de mar, às 8 da manhã. Também, pudera, ficamos hipnotizados com a cor daquela água, é um azul tão azul que, se eu não tivesse mergulhado e me certificado de que o fundo era areia, diria que azulejaram tudo, tão transparente que a gente nem precisa de snorkel para ver os peixinhos.
Achamos que o desfile seria em um hotel, pois lá o que mais tem é hotéis, mas não, foi em um navio velho, sendo mais exata, foi uma festa no navio com desfiles e várias modelos de todos os cantos do mundo, com coquetéis, musicas havaianas, e muito, mas muito turista. No outro dia, fomos para uma rave, pois o que domina Cancun são as raves. Em plena pirâmide, lá estávamos, 3 modelos e 3 cabeleireiros perdidos, no meio de tanto gringo, mas, afinal, viagem tem que ser divertida, né? Cheguei a deitar na pirâmide principal, a Maia. Uma coisa intrigante é que, se você bater palmas de frente para as escadas, elas respondem com o barulho que faz um passarinho local. Muito divertido! Nunca bati tantas palmas na vida. Mas também não é só isso o local tem muitas outras ruínas com histórias interessantes para se conhecer.
Na volta de Cancun para São Paulo, dentro do avião, percebi que o povo adora bater palmas: para levantar vôo, para o menininho que ri no avião, para aterrissar... Nunca tinha visto isso na vida, bater palmas para o piloto. Será que ele se sentiu mais motivado?