PRECISO DIZER QUE TE AMO
Bianca Celistre
Esta história é uma história de amor. O que ela tem de especial para que mereça ser contada? Tudo. As pessoas não costumam contar suas histórias românticas. Expor sentimentos é algo muito difícil, imaginem então contar uma história na qual um dos protagonistas é o próprio narrador. Isso é expor-se demais, é tornar-se vulnerável, é arriscar. Eu não sou o tipo de pessoa que arrisca, mas desta vez vale a pena. O meu amor não é motivo de vergonha, pelo contrário, sinto-me orgulhosa de dizer que amei, ou então, que amo. Gosto de emoções fortes e de sentimentos profundos; gosto de gargalhadas e não de sorrisos e gosto de prantos desesperados, mesmo achando que silenciosas lagrimas tenham lá o seu charme.
“Clara como a luz do sol / Clareira luminosa / Nessa escuridão / Bela como a luz da lua / Estrela do oriente / Nestes mares do sul / Clareira azul no céu / Na paisagem / Será magia, miragem, milagre, será mistério!” Esta sou eu.
“Meu caminho é cada manhã / Não procure saber onde estou / Meu destino não é de ninguém / E eu não deixo meus passos no chão.” Este é meu namorado.
“E a gente vive junto / E a gente se dá bem / Não desejamos mal á quase ninguém / E a gente vai à luta / E conhece a dor / Consideramos justa toda forma de amor.” Assim somos nós.
Eu e meu Amor somos pessoas totalmente diferentes. Eu gosto de livros e ele de computadores, eu gosto de romance e ele de ação, eu prefiro tragédia enquanto ele adora uma boa comédia. Somos mais ou menos como “Eduardo e Mônica”. Apesar das diferenças, apesar das brigas constantes, eu sei que realmente nos amamos. È uma certeza infundada, sem lógica e totalmente irracional, mas o amor é mais ou menos assim: infundado, sem lógica e totalmente irracional. Quando estamos juntos nós brigamos de manhã e de tarde e geralmente fazemos as pazes à noite. Conversamos um pouco sobre tudo, mais sobre mim do que sobre ele, mas isso ocorre porque eu sou o assunto mais emocionante que temos em comum. Eu sou uma pessoa muito difícil de conviver, tenho crises de humor constantes e, normalmente, não simpatizo fácil com as pessoas. Apesar disso, não sou uma pessoa ruim, pois dificilmente destrato alguém, sou muito educada e, principalmente, extremamente grata a quem me ajuda. Jamais esqueço quem me presta um favor ou me “estende a mão”, independente do tipo de sentimento que cultive por esta pessoa, pois é uma questão de valores. Quando, porém, realmente gosto de alguém, sou fiel e prestativa, me dedico e até abdico de algumas coisas. Quando amo, até consigo ser altruísta. Sou assim bem simples e ao mesmo tempo demasiadamente complicada. Meu namorado é misterioso. Para mim, ele é bem simples, mas demorei a perceber que todo o seu mistério era apenas reserva. Ele é engraçado, mas só com os amigos mais íntimos, é doce, mas só quando está carente, é inteligente, mas eu não costumo dizer-lhe isso com freqüência. Infelizmente, somos dois competidores. Eu, na minha arrogância e prepotência desmedida, fiz do nosso namoro um ringue de boxe. Quando eu estou certa, é ponto para mim, caso contrário, é ponto negativo para mim, mas nunca, nunca mesmo, ponto para ele. O amor é uma combinação de sensações que confundem, perturbam e machucam. É alvo de complexas descrições, às vezes banais, outras vezes, exageradamente profundas, mas o amor é tão banal como a própria palavra e tão profundo como o próprio sentimento. O amor é contraditório. O amor que eu sinto não foge a regra. Ele é mais ou menos assim: “Às vezes te odeio por quase um segundo / Depois te amo mais.” Ou então será que é assim? “O nosso amor a gente inventa / Pra se distrair / E quando acaba / A gente pensa / Que ele nunca existiu...” Eu não tento mais entender o amor ou sequer defini-lo, me contentei em apenas senti-lo e isto me basta. “Só pro meu prazer” eu vivo desta magia constante que me alimenta e me faz feliz. Esse sonho pode durar “Quase um Segundo”, mas não importa, pois “Pro dia nascer feliz” é necessário saber “Qual a cor do amor?” Eu fui “Uma linda Mulher” e escutei “O som do coração”. Agora, posso contar com o orgulho a “A história de nós dois” e guardar comigo para sempre “Uma história de Amor”.
PS: Eu te amo.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
INCONSTANTE- Por Taiana Araújo
Em um gesto, todo o meu coração,
Contradição no que faço,
Coração talhado no aço,
E banhado em emoção...
Não sei ser pela metade,
Sou inteira em cada pedaço,
Mergulho em cada passo,
Só sei viver de verdade.
Não tenho convicções perfeitas,
Sou nômade, sou mutante,
Não vivo de frases feitas,
Sou o instante.
Sou ambígua por natureza,
Ou, se preferes, não sou...
Posso ser o que quiseres,
Não sei mesmo para onde vou...
Posso sorrir uma lágrima escondida,
Posso chorar alegrias rasas,
Meu coração me deu asas,
E elas me levam à vida...
E assim, voo sem um rumo certo,
Até que alguém me pare, me convença,
Ou até que o vento me vença,
E eu saiba que estou perto
Desse lugar algum que procuro,
Que, estou certa, encontrarei...
Que acenda a luz do meu escuro,
E seja o espelho, em que, finalmente, me verei...
Contradição no que faço,
Coração talhado no aço,
E banhado em emoção...
Não sei ser pela metade,
Sou inteira em cada pedaço,
Mergulho em cada passo,
Só sei viver de verdade.
Não tenho convicções perfeitas,
Sou nômade, sou mutante,
Não vivo de frases feitas,
Sou o instante.
Sou ambígua por natureza,
Ou, se preferes, não sou...
Posso ser o que quiseres,
Não sei mesmo para onde vou...
Posso sorrir uma lágrima escondida,
Posso chorar alegrias rasas,
Meu coração me deu asas,
E elas me levam à vida...
E assim, voo sem um rumo certo,
Até que alguém me pare, me convença,
Ou até que o vento me vença,
E eu saiba que estou perto
Desse lugar algum que procuro,
Que, estou certa, encontrarei...
Que acenda a luz do meu escuro,
E seja o espelho, em que, finalmente, me verei...
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