terça-feira, 9 de dezembro de 2008

RELATO DE VIAGEM - ORIENTE MÉDIO

Por Sabrina Veiga


Viajei pelo Oriente Médio e gostaria de compartilhar com vocês as experiências que tive. Não é um relato muito detalhado, mais as minhas impressões do lugar são bem marcantes.
Foi uma viajem a trabalho, digamos uma viagem a Desfiles, porém muito divertida, era a minha primeira viaje para tão longe, fomos entre duas meninas modelos, dois meninos modelos, equipe da Ford Models, que é composta por maquiadores, cabeleireiros, estilistas, olheiros, agenciadores, tradutores; saímos do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, às 18h40min, com destino a Congonhas, São Paulo, para lá pegar um vôo às 21h05min direto para Istambul. Chegamos às 9h50min da manhã, não conseguíamos mais nem sentar, pois ficamos muito tempo dentro do avião, só de São Paulo a Istambul foram 2 horas e 50 minutos. Imaginem só.
Bom, na chegada, pegamos um táxi (detalhe: táxis em Israel são brancos ou coloridos, com um sinal em cima, “UM SINO”, bizarro).
Então, de lá fomos direto para o hotel BAT YAM. A cidade é “detonada”, pois lá tem toda a história de guerras, bombardeios, mas tudo bem, estávamos um pouco preocupadas, pois não havia mulheres sem a tal da burca. Chegamos ao hotel, MARAVILHOSO, e fomos direto para o quarto, pois tínhamos que estar bem descansadas para o desfile na mesma noite. Dormimos umas 5 horas e saímos para comer. Chegamos num mercadinho. Estávamos lá quando, de repente, uma discussão de política em pleno supermercado, ficamos apavoradas, mas logo foi explicado que isso é normal, acontece em mercados, dentro de ônibus, pois o povo israelense é altamente politizado. Bom, depois da cena, voltamos a procurar algo para comer, mas não entendíamos nada, pois era tudo em árabe (comédia total). Saímos e decidimos ir a um quiosque e mostramos com o dedo o que queríamos, um SANDUÍCHE, rsrsrsrs. Então ficamos sabendo que sanduíche é Falafel. Detalhe: o sanduíche deles é recheado com bolinhas fritas de massa de grão de bico e favas acompanhadas de saladas, mas até que é bom, pessoal.
Passamos pela Avenida principal de Israel, a Avenida Dizengoff, linda... Fomos a uma galeria no Yunes, fomos barradas na porta por quatro seguranças, pois era proibida a entrada sem a burca. Voltamos bem quietas, pois já sabíamos que quem desobedece a lei lá em Israel é punido, então nada de desobedecer.
O Yunes não passa de um barracão, com teto de zinco, tem umas mesinhas cobertas de papel, e os garçons não perguntam o pedido, trazem um prato atrás do outro.
Achei o povo de lá com costumes estranhos. Tudo o que eles comem é banhado de azeite de oliva, tudo mesmo. Após a refeição, seja o lugar que for, eles cospem no chão, no meio dos outros clientes, muito estranho e nojento. Ah, não esquecendo que lá tem carne sim, mas é chamada de kafta, que é carne de boi ou de carneiro.
Mas, apesar do sufoco, o desafio maior era de noite, no desfile. Cá entre nós, o que um monte de pessoas com vestido preto e burca e sandalinhas de pano iriam ver e gostar em um desfile de moda? Pois bem, lotou. Era um desfile para a loja Finids, uma marca consagrada da Turquia de vestidos, véus, e saias. Depois, rolou uma truevo, sim, sim, uma balada, com direito a muita cumbia, muito escuro, muitas bebidas quentes, como o licor típico de Israel.
Assim passamos três dias, descobrindo muitas coisas novas e aprendendo um pouco da cultura de Israel.