segunda-feira, 17 de novembro de 2008

POLITICAMENTE INCORRETAS

Sou uma jovem especuladora da história e grande admiradora das mulheres que conquistaram a autonomia de que posso desfrutar. Pertenço ao século XXI; século da expansão feminina.
Posso falar, andar e me vestir como quero. Se sofro qualquer tipo de descriminação, tenho a lei para me amparar. Possuo as mesmas oportunidades que o sexo oposto e tenho total liberdade de expressão.
Não sou adepta de nenhum “ismo”, seja feminismo, seja machismo, mas valorizo a história das mulheres que lutaram para obter essa amplitude de direitos que eu, mulher, tenho.
Muitas mulheres lutaram abertamente pela igualdade dos sexos, outras adotaram uma postura tão admirável que apenas com o seu comportamento motivaram a causa, e outras simplesmente não fizeram nada.
Existem mulheres que não nasceram para ser lideres revolucionárias, ou para mudar o mundo.
Existem mulheres que nasceram simplesmente para afrontar.
Mulheres imponentes, ousadas, intempestivas e “politicamente incorretas”.
Dentre tantas mulheres significativas na história mundial, confesso que as que mais me atraíram foram as que significaram muito pouco no que se trata de herança social.
Trago aqui, para compartilhar, os escândalos, romances e insanidades que compuseram a vida das cinco mulheres que considero as mais polêmicas da história:
CLEÓPATRA, MARIA ANTONIETA, CARLOTA JOAQUINA, ANA BOLENA E FRANCISCA DA SILVA.
Por Bianca Celistre.
Essa semana será ANA BOLENA:




A atriz Natalie Portman interpretando Ana Bolena no filme A Outra.


Ana é um tipo de mulher sobre a qual é difícil de descrever, pois, quando procuro palavras para fazê-lo, confesso que não sei como expressar-me de forma suficientemente clara. É uma mistura empolgante de sensualidade e graça, uma delicada combinação entre astúcia e ousadia, mas se fosse necessário descrevê-la com, apenas, uma palavra, diria que “fascinante” seria a mais apropriada.
Apresentar-lhes Ana Bolena é com certeza, o melhor argumento para justificar o porquê de ter escolhido tal palavra - fascinante - para descrevê-la. É, portanto, o que farei, e, talvez, no final destas minhas reflexões, eu convença alguns leitores de que fiz a escolha certa.
Ana foi educada na França, veio para Inglaterra já adolescente e logo foi alvo do apreço do rei, Henrique VIII. Maravilhada pelo prestigio e pelas promessas de amor de um homem apaixonado, usou de estratégias admiráveis para manter seu posto de “favorita”. Creio eu que tais estratégias sejam aplicáveis, também, nos dias atuais, pois é de conhecimento popular que “ir para cama” no primeiro encontro é o “princípio do fim” de um relacionamento. Ana provavelmente, foi a precursora dessa idéia, pois rejeitou durante anos o leito do homem mais poderoso da Inglaterra.
Apaixonado, Henrique foi aos extremos por uma noite de amor com a sedutora Ana. Mesmo casado com Catarina de Aragão, rainha admirada por toda Inglaterra, o rei tentou arduamente conseguir a anulação, para, então, poder tomar por sua a hesitante Bolena.
Infelizmente, a anulação não foi concedida, e Henrique VIII, estimado católico, rompeu com a Igreja para dar continuidade a seu romance. Após seis anos ocupando o posto de “amante oficial” do rei, Ana, finalmente, tornou-se rainha.
Seu reinado, no entanto, durou pouco, pois já decepcionado com sua antiga esposa por não poder dar-lhe um filho varão, Henrique estremeceu quando sua nova consorte foi incapaz de fazê-lo. Depois de 1.000 dias, período no qual durou o reinado de Ana Bolena, o rei Henrique VIII acusou-a de traição e incesto, e Ana foi decapitada. Esta narrativa, embora não tenha um final feliz, tem seu toque feminino e, portanto, seu toque de glória. Retomo, então, ainda mais convicta, o que disse no primeiro parágrafo: Ana foi uma mulher fascinante.Ana dos Mil Dias (como também a chamam) ou então somente Ana Bolena. Não importa o nome, pois nunca fará jus à mulher que o consagrou e o pôs na história.

Se ficou com curiosidade para saber mais histórias da moça:

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